9 de janeiro de 2011

Banco da Amazônia fortalece parceria com o Governo do Estado

Escrito por Tatiana Campos  
Instituição disponibilizou R$ 300 milhões para investimentos no Acre em 2011

Governador Tião Viana pediu apoio do Banco da Amazônia para o fortalecimento da agricultura familiar (Foto: Sérgio Vale/Secom)





Tecnologia e investimentos na produção familiar para criar no Acre uma nova classe média: a do campo. Esse foi o tom da conversa entre o governador Tião Viana e o superintendente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo, que apresentou os recursos que a instituição pretende investir no Estado em 2011.

Em 2009 o Banco da Amazônia orçou para aplicação R$ 160 milhões e conseguiu atingir apenas 65% dessa meta. Mas no ano passado a estimativa era aplicar R$ 204 milhões e foram investidos R$ 208 milhões, totalizando 102% da meta estipulada.

“Foi a primeira vez na história que conseguimos aplicar mais recursos que o previsto, e agora temos um grande desafio pela frente: não deixar mais que esse valor caia. Nós entendemos que a parceria com o Governo do Estado é fundamental para que possamos aplicar os recursos disponíveis para este ano, de quase R$ 300 milhões”, disse Melo.

O governador Tião Viana pediu apoio do banco para o fortalecimento, principalmente da agricultura familiar. Uma das cadeias produtivas que deve ser consolidada no Acre é a de polpas de frutas: caju, manga, coco, goiaba e manga. “Vamos ver a possibilidade de abertura de linhas especiais para esse projeto”, declarou.

Outra meta do governo é chegar a 2014 com 50 mil pés de seringueiras plantadas, e o Banco da Amazônia pode ajudar a atingir o objetivo.

A instituição também financia vários produtores familiares que aderiram ao programa Florestas Plantadas, que prevê a recuperação de áreas alteradas com o plantio de espécies como seringueiras, castanheiras ou açaizeiros. Além de obter renda com a exploração das árvores, o produtor garante sua ajuda ao meio ambiente na recuperação de áreas que foram desmatadas e regulariza possíveis passivos ambientais.
Tecnologia é a chave para garantir ao homem do campo renda através da produção. Para isso Tião Viana vai destinar aos vales do Acre e do Juruá cinco toneladas de calcário para a recuperação de solos e desenvolvimento da agricultura sem que haja a necessidade de novos desmates.

Piscicultura já tem R$ 60 milhões de investimentos prospectados

Um dos setores que vai acessar os recursos do Banco da Amazônia é a piscicultura. “Já temos R$ 60 milhões para a área, em grandes projetos que garantem a modernização do setor e com a previsão de trabalhar esses recursos voltados para a ZPE, ou seja, vamos ter exportação de pescado através da Zona de Processamento de Exportação, garantida com os recursos do FNO”, explicou Melo.

O governador Tião Viana apresentou a meta do Governo para a pisicultura no Juruá: construção de cinco mil tanques, além dos frigoríficos. A intenção é consolidar a região na produção de peixes, realizando lá o mesmo trabalho que aconteceu no Vale do Acre com a produção de frangos: uma cadeia produtiva forte, que tenha sua base na agricultura familiar e a estrutura de uma indústria para garantir mercado.

“Temos que estabelecer uma política de fortalecimento da piscicultura aliada ao crescimento industrial, porque não basta produzir, é preciso ter frigoríficos e mercados para beneficiar e consumir essa produção”, disse o governador Tião Viana.

Agência de Notícias

5 de janeiro de 2011

Governo declara guerra contra o mosquito da dengue

Escrito por Tatiana Campos

Primeira grande ação de Tião Viana é unir governo e sociedade para combater a doença no Acre

Meta do governador Tião Viana é vencer a guerra contra a dengue até junho e manter baixos índices da doença. Foto: Sérgio Vale/Secom

Combater o mosquito da dengue é a primeira ação do governador Tião Viana, que colocou nas ruas de Rio Branco a operação Guerra Contra a Dengue, a maior ação de combate à doença já empreendida no Estado. O lançamento aconteceu na manhã desta segunda-feira, 3, em frente ao Palácio Rio Branco, reunindo cerca de mil pessoas.

Esforço conjunto reúne Governo, prefeitura, Fieac, Sinduscom e trabalhadores. Todos contra a dengue. Foto: Sérgio Vale/Secom

A operação vai trabalhar de forma integrada e simultânea com a prefeitura de Rio Branco, Ministério da Saúde e Governo do Estado, com o apoio do Exército Brasileiro, Federação das Indústrias (Fieac) e Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). A ideia é limpar, retirando lixos e entulhos de toda a cidade, com a total inspeção dos imóveis na capital pelos agentes de endemias, que somam mais de 900 trabalhadores, e agentes comunitários de saúde.

Segundo o governador Tião Viana, a meta é vencer a guerra contra o mosquito em junho, e a partir de então manter índices baixíssimos da doença. A operação foi montada com base no alto nível de infestação predial registrado no ano passado - de 6,46% -, percentual bem acima do aceito pelo Ministério da Saúde, que é de 1%. Foram notificados cerca de 35 mil casos, numa média de 1,2 mil por semana, no último mês.

O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, agradeceu a ajuda do Governo do Estado no combate à dengue. “A questão da dengue é tão grave que estamos lutando contra ela há um ano, com campanha nas ruas, e não damos conta. A prefeitura não tem condições financeiras de montar uma mobilização tão grande quanto esta, nem por tanto tempo. Agora nós venceremos esta guerra”, disse o prefeito.

A secretária de Saúde, Suely Melo, pediu a compreensão da sociedade no sentido de que as pessoas abram as portas das casas para receber a operação. “Essa ajuda será fundamental para que esse esforço tenha resultados positivos. A dengue é um problema de todos nós, não apenas do governo, não apenas da prefeitura; é meu, é seu, é de todo mundo. Todos temos responsabilidade sobre isso”, comentou. 
Agência de Notícias