28 de julho de 2010

MANEJO DO PIRARUCU NO INTERIOR DO ACRE

Produção será comercializada em agosto. Feira do Pirarucu em Manuel Urbano deve atrair visitantes de várias cidades

A pesca manejada do pirarucu já começou. Grupos de pescadores estão nos lagos ao longo das bacias do Purus e Envira e devem pescar em torno de sete toneladas do peixe. O Acre consome toda a produção de pirarucu e o pescado deve ser comercializado principalmente na 4ª Feira do Pirarucu de Manuel Urbano, evento que acontece a partir do dia 18 de agosto e atrai turistas de vários municípios acreanos. A venda do peixe é uma fonte de renda importante para os pescadores.
“É uma atividade muito importante pra nós principalmente porque temos visto resultados no nosso trabalho. As parcerias que temos e a organização dos pescadores também são partes importantes nesse trabalho. A feira é o que garante o nosso futuro junto com essa pesca manejada. É lá que nós venderemos nossa produção e teremos nossa renda”, explicou o presidente da Colônia de Pescadores de Manuel Urbano, Antônio Amaro Soares.

O pirarucu é endêmico da bacia amazônica e o estoque pesqueiro já não é tão grande. Por ter a carne bastante apreciada, o peixe foi alvo de pesca predatória. Por isso, ele vem recebendo proteção ambiental desde 1991. O manejo do pirarucu no Acre iniciou em Manuel Urbano. Hoje a pesca é realizada simultaneamente também em Feijó, onde a pesca tem a participação de comunidades indígenas. Tarauacá se prepara para manejar o peixe a partir do ano que vem e já está fazendo os acordos de pesca nas comunidades, passo essencial para que o manejo seja autorizado pelo Ibama.

O manejo do pirarucu acontece desde 2005. O lago Santo Antônio foi o primeiro a ser explorado. Desde então, o Governo do Estado e pescadores têm trabalhado em parceria para garantir recursos para a comunidade e a proteção ambiental do pescado.

No Acre o manejo do pirarucu é uma das atividades do manejo de lagos, que trabalha também com outras espécies pesqueiras. O manejo é um projeto do Governo do Estado executado pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, a Seaprof, e conta com a parceria do Ibama e da ONG WWF.

No lago Santo Antônio pescadores e técnicos do Governo identificaram, através de técnicas de contagem, 140 pirarucus, sendo 75 adultos. O Ibama autoriza a pesca de 30% da população adulta. As 22 famílias de pescadores que manejam o peixe em Manuel Urbano ficarão no lago até conseguir pescar a cota de 24 peixes que foi autorizada este ano.

Para Carlos Leopoldo, gerente de Manejo de Lagos da Seaprof, a feira é um evento que já faz parte do calendário cultural de Manuel Urbano, e além de escoar a produção pesqueira, movimenta a cidade com os visitantes de outros municípios. “A pesca inicia agora em julho para o estoque da produção que será comercializada durante a feira. Apesar de durar apenas 30 dias, a atividade dos pescadores é contínua durante o todo o ano, pois existe um trabalho de conservação e proteção dos lagos que são manejados”.
(Agência de Notícias do Acre)

26 de julho de 2010

Perpétua, promotores e procuradores defendem médicos diplomados

Da Assessoria

Procurador do MPE sai em defesa a dezenas de acreanos ainda sem registro no CRM


Deputada Perpétua Almeida em encontro com o procurador-geral do Ministério Público, Sammy Barbosa Lopes e representantes dos estudantes de medicina (Foto: Assessoria)


O procurador-geral de Justiça, Sammy Barbosa, reafirmou que “a Universidade Federal do Acre está à margem da realidade” quando deixa de encaminhar alternativas para a complementação pedagógica dos médicos brasileiros formados fora do país.


A opinião do procurador é uma defesa a dezenas de acreanos ainda sem registro no CRM, e foi reforçada nesta sexta-feira, numa reunião com os pais e médicos diplomados, pela deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), para quem “as condições políticas já foram construídas para que tantos cidadãos não fiquem sem saúde em regiões remotas do Acre e de outros estados carentes de atendimento”.

Sammy reiterou: “não há quem derrube” o Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o MPE e algumas prefeituras acreanas. Segundo o acordo, os médicos inscritos em processos de revalidação podem trabalhar até que a situação seja regularizada. A deputada lembrou o incentivo dado pelo ministro José Gomes Temporão (Saúde) às universidades federais do país para complementação pedagógica no Brasil, e lembrou a posição favorável do governador Binho Marques e dos promotores de justiça aos mais de 100 profissionais brasileiros formados todo mês pela Escola Latino-Americana de Medicina (Elam).

“O assunto é muito grave e nem as divergências políticas lá em Brasília divide a bancada federal. Todos nós, deputados e senadores acreanos, estamos fechados nesta questão. Queremos ajudar com a destinação de recursos. E os valores seriam suficientes para que a Ufac faça a sua parte”, disse a deputada.

O procurador e a deputada consideraram “aviltantes, desleais e agressivas” as declarações que ainda repercutem negativamente feitas pelo presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz D’Ávila. Numa passagem conturbada pelo Acre, ele desagradou a todos ao chamar de “charlatões” os profissionais que buscam exercer a profissão no estado.

Janilson Lopes, que preside a Associação Nacional de Pais e Médicos Formados em Cuba, lembrou que existem 455 cidades brasileiras sem nenhum profissional na área de saúde. A procuradora Gilcely Evangelista Araújo Souza, que coordena a Promotoria Especializada em Defesa da Saúde, recomendou uma mobilização dos médicos com a sociedade, capaz de pressionar a UFAC a tomar uma decisão mais coerente.

“Queremos trabalhar. Estamos capacitados para isso”, disse Janilson. “O Acre, embora tenha investido bastante nesta área, ainda se ressente de profissionais nas regiões mais pobres de seu território. É uma realidade brasileira a carência de mão-de-obra para salvar vidas", explicou a deputada.

A Gazet.net

21 de julho de 2010

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA MUNICIPAL

Dia 14 de julho, o vereador Luís Meleiro esteve no Instituto São José falando das relações entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em nosso município para os alunos da 3ª série, turmas 1, 2 e 3. Contribuindo assim com a formação cidadã dos alunos.






19 de julho de 2010

Binho entrega Casa dos Povos Indígenas, o antigo Kaxinawá

Escrito por Edmilson Ferreira

Obras de reforma e revitalização custaram mais de R$490 mil em ambiente que valoriza de forma permanente a cultura indígena e a identidade acreana

Casa dos Povos Indígenas é transformada em espaço de referência para os povos indígenas de todo o Acre e é sede da Associação dos Povos Indígenas do Governo do Estado (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O governador Binho Marques entregou nesta quarta-feira, 14, a Casa dos Povos Indígenas do Acre, no antigo Espaço Kaxinawa, na avenida Ceará, em Rio Branco. O Kaxinawa, que já foi restaurante, salão de festas, ponto de venda de tacacá e sede de órgãos públicos, passou por um processo de reforma, revitalização e ampliação em obras que custaram R$ 494.418,00 de recursos próprios do Tesouro Estadual.

Agora, além de abrigar a Assessoria Especial dos Povos Indígenas, será ambiente de exposições permanentes e terá espaço para comercialização do artesanato produzido pelas etnias da região. Os ambientes são todos adequados para portadores de necessidades especiais. "Aqui agora é o endereço do movimento indígena", disse o governador ao lembrar que a Casa será sede do Fórum dos Povos Indígenas, colegiado de lideranças que está sendo formalmente instituído e que já incutiu um novo pensamento entre as comunidades. O cacique Josias Kaxinawa entoou o Huni Meka, o Canto de Chamar Força, como forma de saudação e agradecimento pela Casa.

Estiveram presentes o assessor dos Povos Indígenas, Francisco Pianko; o presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), Daniel Zen; os secretários de Estado Cassiano Marques (Esportes, Turismo e Lazer), Fábio Vaz (Governo), Henrique Corinto (Justiça e Direitos Humanos), Maria Corrêa (Educação), o vereador Juracy Nogueira, que representou a Câmara Municipal de Rio Branco; o diretor do Departamento Estadual da Diversidade Socioambiental, Edegard de Deus; a secretária de Cultura do Estado de Sergipe, Heloísa Galdino; lideranças indígenas como Carlos Brandão Shanenawa e Nilson Sabóia Kaxinawa, ativistas da causa indígena, gestores e agentes agroflorestais indígenas.

"Aqui é uma ilha verde no Centro de Rio Branco", disse Francisco Pianko. De fato, o espaço está encravado numa das regiões mais movimentadas da capital, sendo abrigo de um bosque com várias espécies da flora local. "Este espaço valoriza a identidade e a cultura do Acre", completou Daniel Zen. Existe a possibilidade de instalação de uma banca para servir tacacá. No passado, o antigo Kaxinawá era ponto de encontro da sociedade acreana, que se reunia para conversar e tomar o caldo todas as tardes. "Agora nós temos nosso endereço", declarou o líder shanenawa Carlos Brandão, de Feijó.

A reinauguração do espaço marcou o lançamento de duas revistas: Índios Isolados e Povos Indígenas do Acre, a primeira uma publicação de 84 páginas produzida pelo Departamento da Diversidade Socioambiental e pela Biblioteca da Floresta para retratar em fotos e textos a situação das tribos não contatadas no território do Acre. A segunda revista que é um retrato dos povos indígenas que estão localizados no Estado. São 18 povos ao todo.

As versões impressas serão distribuídas nas escolas da rede estadual de ensino, e em breve poderão ser lidas e baixadas no site da Biblioteca da Floresta.
(http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/).

14 de julho de 2010

EXTENSÃO DA REDE DE ÁGUA DO DEAS EM BAIRROS ACONTECERÁ EM 15 DIAS


Hoje dia 14/07, eu e o Vereador Manuel Monteiro chamamos o diretor do DEAS o Sr. Tadeu Moreira para uma reunião com os moradores do bairro Senador Pompeu “Praia”, juntamente com o Presidente do bairro, o Raimundinho.








O objetivo dessa reunião foi esclarecer de uma vez por todas o porquê da extensão da rede de água prevista para 5.600 metros, não ter sido iniciada ainda, haja vista a empresa que iria executar o trabalho ganhou a licitação desde o final do ano de 2009.

Entramos em contato com o Deputado Moisés Diniz que articulou uma reunião com o dono da Empresa, onde o mesmo explicou que seu problema é somente de calendário de pagamento, pediu um prazo de 15 dias para que seu material possa chegar até Tarauacá para dar início às obras.


Além do campo do Luiz Madeiro no bairro da Praia, os bairros do Triângulo, Copacabana, Final da Tancredo Neves e Vila Mocotó também serão beneficiados.



Jorge e Edvaldo visitam Página 20

Candidatos dizem que prioridade será o debate de propostas e a continuidade do desenvolvimento econômico do Acre

Com o início da campanha eleitoral e formalização das candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral do Acre, os candidatos ao Senado pela Frente Popular do Acre, Jorge Viana (PT) e Edvaldo Magalhães (PC do B) aproveitaram a tarde de ontem para visitar as redações de vários veículos de comunicação.

Durante visita ao Página 20, Jorge Viana e Edvaldo Magalhães conversaram com o diretor-geral Elson Dantas e os repórteres da área política, Léo Rosas e Charlene Carvalho, além de visitarem a redação e o editor-chefe Whilley Araújo.

Na oportunidade, convidaram jornalistas e diretores da empresa para o lançamento da logomarca única da campanha majoritária da Frente Popular, marcada para amanhã, a partir das 11 horas, no Espaço Gaya. Também agradeceram o trabalho realizado pela imprensa acreana na divulgação da informação.

Jorge Viana disse que a mudança na data do lançamento da logomarca foi feita em solidariedade ao jornalista Tião Maia, que teve a esposa assassinada, no último final de semana, e lembrou que este ano a campanha da FPA terá um diferencial com a logo única.

“Nós teremos um único jingle, um único cartaz e uma única logomarca para os três candidatos majoritários. A unidade é a nossa marca na Frente Popular e nada mais natural que para marcarmos essa unidade, que tenhamos uma campanha publicitária única”, disse Viana.

Edvaldo Magalhães destacou a importância da continuidade do projeto de desenvolvimento do Acre iniciado na primeira gestão de Jorge Viana e da eleição de dois novos senadores comprometidos com essa causa, ele e Jorge Viana. Lembrou também que, com uma eventual eleição de Tião Viana, em 2011 o Acre será o único Estado do país a ter três novos senadores, já que Aníbal Diniz, nesse caso, assumiria a vaga de Tião Viana.

“Nós vivemos hoje uma estabilidade política e econômica e precisamos avançar nessas conquistas. Estamos na campanha com esse objetivo e vamos pautar nossos debates na discussão dos grandes programas do Acre”, disse Magalhães.

Jorge Viana também enfatizou a importância de manter um debate voltado para as questões realmente importantes para o Acre e seu povo: o desenvolvimento regional e econômico. Já na discussão sobre um eventual mandato de senador, Jorge Viana disse que é fundamental discutir com a sociedade questões chaves como a reforma política, a reforma previdenciária e a segurança pública.

“O Brasil vive hoje um processo de criminalização da política. Precisamos mudar essa realidade. E quem muda isso é o Legislativo. Nós, o Edvaldo e eu queremos ir para o Senado para discutir esses grandes temas do país. Por isso na campanha nossa prioridade é o debate de propostas”, disse Viana.
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12 de julho de 2010

Debate sobre plano de governo no Juruá

Tião Viana, Jorge e Edvaldo começam série de 60 encontros com a população para discutir o futuro do Acre

O candidato ao governo do Estado pela Frente Popular do Acre (FPA), Tião Viana, acompanhado de Jorge Viana e Edvaldo Magalhães, os dois candidatos ao Senado da coligação, além do candidato a vice-governador César Messias, abriu ontem, em Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima, no Vale do Juruá, uma série de pelo menos 60 reuniões a serem realizadas em todo o Estado para debater o plano de governo para o período de 2011 a 2014. “Estamos aqui reunidos para uma chuva de ideias, para uma chuva de opiniões”, definiu César Messias ao abrir a primeira reunião, realizada na sede do Seminário Menor de Cruzeiro do Sul, com lideranças empresariais, do comércio, religiosas e da comunidade em geral. Ao ato em Cruzeiro do Sul compareceram pelo menos 400 pessoas.

As reuniões, definidas como oficinas de trabalho, ocuparam todo o dia, com os participantes divididos em grupos setoriais que propõem soluções para os problemas locais e do Estado. As opiniões e sugestões são sintetizadas num relatório a ser incorporado ao plano de governo que Tião Viana vai apresentar aos acreanos ao longo da campanha eleitoral. “Não haveria forma melhor de começar esta campanha. Com essas oficinas nós estamos chamando as pessoas a elaborar o plano e não para empunhar bandeiras decididas em gabinetes”, disse Edvaldo Magalhães. “Esta é a nossa forma de fazer, o nosso jeito de governar. Um jeito diferente que sonhamos lá atrás, há 20 anos, quando lançamos o Jorge Viana candidato a governador pela primeira vez. Perdemos a eleição naquele momento, mas mostramos aos acreanos que nós, mesmo jovens, representávamos o diferencial da política acreana, um diferencial que se afirma agora com a eleição do Tião Viana governador, da minha e do Jorge Viana para o Senado”, disse Magalhães.

Ao lembrar do passado, Jorge Viana afirmou que foi, ali mesmo no Seminário Menor de Cruzeiro do Sul, em 1990, que participou de uma das reuniões mais tristes sua história política. “Vim pedir votos dos seminaristas que estudavam aqui, mas eles me receberam com desconfiança. Era assim que acontecia conosco do PT aqui no Juruá. E hoje, 20 anos depois, estou aqui de alma lavada porque estou vendo que algumas daquelas pessoas do passado estão aqui nos apoiando e nos incentivando nesta luta”, disse. “O apoio da população do Juruá a nós vem se dando porque nós nunca deistimos desta região. Por isso, fizemos tantos investimentos aqui. Se tirarmos o aeroporto, o porto, o hospital regional, a reforma das escolas, agora a ponte que está sendo feita sobre o rio Juruá e a BR-364, que está sendo construída, fica muito pouco”, disse Jorge Viana.
O ex-governador e agora candidato a senador lembrou que isso só está sendo possível graças ao apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de “pai do Acre”. “Eu ficaria muito triste se a gente elegesse o Tião Viana governador e fizesse de mim e do Edvaldo Magalhães senadores e não déssemos à candidata do presidente Lula uma votação vitoriosa aqui nesta região. Vamos votar em massa na Dilma, a candidata do presidente Lula, porque nós, acreanos, temos a gratidão como uma marca do nosso povo”, acrescentou Jorge Viana.

“Estamos aqui para escutar o nosso povo”, resumiu Tião Viana ao afirmar que as oficinas para a elaboração de seu plano de Governo começaram pelo Juruá como uma forma de homenagens à população local e à região. “Nós estamos aqui para melhorarmos aquilo que já é bom. O governo do Jorge Viana, que quebrou a pedra bruta e contribuiu para a reconstrução do Estado, foi complementado pelo trabalho incansável do governador Binho Marques, que acaba de nos orgulhar com sua gestão que está colocando a educação do Acre entre as melhores do Brasil”, lembrou Tião Viana.

De acordo com o candidato da FPA ao Governo, passada essas duas gestões vitoriosas, “é hora de se buscar a industrialização do Acre e a emancipação econômica das comunidades”. De acordo com Tião Viana, este é um desafio para o qual ele e toda a Frente Popular estão prontos. “Com o Jorge Viana e o Edvaldo Magalhães no Senado, no governo nós levaremos ainda mais adiante o projeto da Frente Popular de melhorar a vida no Acre, acolhendo cada vez mais os mais pobres e buscando meios de preparar o nosso Estado para as gerações futuras”, disse.

Agenda - Tião Viana, Jorge Viana e Edvaldo Magalhães e César Messias estarão hoje em Feijó e Tarauacá, em agendas semelhantes às que ocorreram nas últimas horas em Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima. Os candidatos majoritários da FPA têm chegada prevista a Rio Branco hoje segunda-feira.
(Da Assessoria)

9 de julho de 2010

Binho e Angelim reabrem Parque Ambiental Chico Mendes

Escrito por Edmilson Ferreira


Reforma e modernização demandaram R$ 730 mil do Estado e da Prefeitura. Parque está adequado à legislação e conta com espaços reivindicados pelos visitantes

Governador Binho Marques e prefeito Angelim na reabertura do Parque Ambiental Chico Mendes.
Projeto financiado pelo Governo do Acre, a segunda etapa das obras de reforma e modernização do Parque Ambiental Chico Mendes foi entregue nesta quinta-feira, 8, pelo governador Binho Marques e o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim. O evento reuniu estudantes, lideranças comunitários e ambientalistas. Estiveram presentes, entre outros, o superintendente do Ibama, Fernando Lima, a diretora-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) Cleísa Cartaxo, gestores do Governo e da Prefeitura.

Implantado na época em que Jorge Viana foi prefeito de Rio Branco, o PACM é administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) e está reaberto a visitação pública após passar por ampla reforma e adequação de espaços de cativeiros dos animais e dependências, que agora proporcionam melhores condições para receber seus visitantes. O Parque Ambiental Chico Mendes é um dos principais pontos turísticos de Rio Branco. O nome presta homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, cuja luta inspirou o socioambientalismo e a Florestania.

Os novos espaços e melhoras fazem parte da segunda etapa da reforma do Parque Ambiental Chico Mendes celebrado na assinatura do convênio nº. 002/2008 entre o governo do Estado e a Prefeitura de Rio Branco em 14 de junho de 2008, com o envolvimento na proposição e execução das ações pelas secretarias de Estado de Floresta e das secretarias municipais de obras e de Meio Ambiente.

O projeto demandou recursos de R$ 732.817,00, sendo que R$ 666.198,00 foram aplicados diretamente pela Secretaria de Estado de Floresta, provenientes do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (BID), contrato 1399/OC - BR, firmado entre o Governo do Estado do Acre e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e R$ 66.061,00 são recursos próprios da Semeia. Sobretudo, a reforma no Parque Ambiental Chico Mendes atende as sugestões dos visitantes e a legislação ambiental vigente para os animais mantidos em cativeiro, proporcionando maior atrativo ao espaço. A conclusão de mais esta etapa de reforma significa a consolidação do Parque Ambiental Chico Mendes como um dos pontos turísticos de Rio Branco que reúne ao mesmo tempo atividades de lazer, recreação, educação e pesquisa científica.

Projeto de reforma do parque demandou recursos de R$ 732.817 para ampliação e adequação dos espaços (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

A praça de alimentação também passa a oferecer agora comida regional. O PACM está situado na rodovia AC-40, na Vila Acre, a oito quilômetros do Centro de Rio Branco. Por todo o parque, a Prefeitura instalou equipamentos adequados ao lazer e ao turismo, incluindo um mirante, de onde se veem pelo alto as copas das árvores. Próximo à estrada e ao estacionamento estão o Memorial Chico Mendes, o campo de futebol, o mirante, as quadras de areia e o início da ciclovia.
Binho: parque valoriza identidade acreana

Investimentos valorizam identidade e turismo no Acre, avalia Binho Marques.
O Governador Binho Marques lembrou que na época da implantação do Parque Chico Mendes, crianças e adolescentes não sabiam que pais e avós detinham tanta sabedoria acerca das espécies da fauna e da flora acreana - e o parque mudou essa visão, colocando-se como um dos instrumentos da transformação do Estado e da recuperação da autoestima do povo. "Esse parque tem valor forte para nós, tem valor enorme para a reconstrução do Acre", disse o governador.

"Este é um local bonito de se visitar e maravilhoso para o lazer. O Prefeito Angelim tem cuidado com carinho desse ambiente. E é um investimento também no turismo, já que cada vez mais o Acre tem recebido visitantes de outros lugares do Brasil e do mundo. Esse Parque é um cartão-postal não só da nossa cidade, mas também do nosso Estado".

Durante a cerimônia de reabertura pública do parque, alunos especiais da Escola Clínio Brandão, que integra o projeto "Escola Amiga do Parque", fizeram apresentações para os presentes, uma delas, a performance "Ciclo Sem Fim". Binho recebeu das mãos de Raimundo Angelim o kit produzido pela Escola de Meio Ambiente do Horto Florestal.

Crianças brincam no parquinho. São muitas opções de lazer dentro do Parque Ambiental (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Angelim destaca parcerias com Governo do Estado

Um bem precioso para o Acre, diz Angelim sobre o parque reaberto ao público.
O prefeito Raimundo Angelim destacou durante a solenidade que os investimentos em Rio Branco são fruto das parcerias entre a prefeitura e Governo. "Somos sempre gratos ao Governo do Estado. Sem essa parceria não poderíamos estar inaugurando hoje o Parque Chico Mendes", pontuou Angelim. "Tudo que a prefeitura tem conseguido nos últimos anos: na educação - com os indicadores do Ideb - e com os programas de infraestrutura urbana são resultado do forte engajamento político que mantemos com o governador Binho Marques", destacou.

"Sei que muitos de vocês aguardaram com ansiedade a reabertura do Parque Chico Mendes, cujas obras se estenderam além do que havíamos planejado. Felizmente, hoje os trabalhos foram concluídos e vamos poder desfrutar desse belo espaço de lazer", explicou Angelim.

Fundado há 13 anos, o Parque se transformou em uma das mais atraentes opções de visitação para as famílias acreanas. "É algo que nos orgulha mostrar aos visitantes, porque é uma parte genuína de nossa própria história. Aqui estão árvores imensas, os igapós, os animais de várias espécies que muitos de nós ou nossos pais e avós conhecem e lembram com saudade", continuou o prefeito.

Com a reforma, o Parque ganhou mais atrações e um hospital veterinário para atender cada vez melhor os animais. A identificação das plantas, as trilhas de circulação, o serpentário e o lugar das onças, das antas e capivaras, e do jacaré-açú, tudo foi reforçado e melhorado, bem como o bosque e a praça de alimentação.

"Logo teremos de volta, portanto, nosso espaço de florestania, do qual devemos cuidar como um bem coletivo precioso", finalizou Angelim.

Parque Chico Mendes - A área possui 67 hectares de natureza preservada, dos quais apenas 20 são ocupados pela estrutura de visitação. O restante permanece virgem, dando abrigo a pequenos animais que vivem soltos e não se espantam com a presença humana. As 35 pessoas que trabalham no local aprenderam a conviver com esses habitantes. Na verdade, ficam felizes com a presença deles, por ser uma atração a mais.

Mapa do Parque Chico Mendes mostra diversidade de opções para o passeio e lazer no espaço (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Inclusão de seis novas espécies, epifitário a céu aberto e Casa RANP

A adequação do PACM possibilitou a inclusão de seis novas espécies de animais, como a Pacarana e o Leãozinho da Taboca, um dos menores macacos do mundo. O espaço agora contempla a Casa RANP (sigla para répteis, anfíbios e peixes) onde está localizado o serpentário - outra novidade do parque. Ali podem ser vistas as cobras jibóia, sucuri, caninana e salamandra.

O PACM agora possui um epifitário a céu aberto, onde o visitante poderá contemplar e entender melhor acerca do cultivo de plantas epífitas, que vivem no alto de outras árvores, mas não são parasitas. Estão sendo mantidas bromélias, samambaias e orquídeas.
Saiba mais sobre espécies raras no Parque Chico Mendes:

Pacarana ou Paca de Rabo (Dinomys branickii)

Segundo Arthur Leite, titular da Semeia, em termos de zoológicos, apenas Rio Branco e Belém criam essa espécie, tida com rara na Amazônia.

Pacarana é o terceiro maior roedor do mundo, perdendo apenas para a capivara e o castor. Atinge 80 centímetros de comprimento e mais 20 centímetros de cauda. Sua pelagem é escura no dorso com manchas brancas que a ajudam a confundir os predadores, disfarçando seus contornos.


Leãozinho-da-taboca (Cebuella pygmaea)

É a segunda menor espécie de símio conhecida, medindo apenas cerca de 15 centímetros de comprimento e pesando 130 gramas, de pelagem acastanhada. Devido à sua pequena dimensão, e seus movimentos rápidos, é muito difícil de observar na natureza.

A 2ª etapa de reforma realizou as seguintes ações:

* Reforma da praça da alimentação;
* Construção do recinto da cebuela - 2º menor macaco do mundo;
* Construção do recinto das serpentes - com 04 espécies de serpentes amazônicas;
* Recuperação de estrutura de madeira e metal do mirante;
* Construção do recinto da paca-de-rabo (espécie rara, pouco conhecida pela ciência);
* Reforma do quiosque central da praça de alimentação;
* Ampliação da área dos brinquedos;
* Serviços complementares externos;
* Instalação elétrica/eletrificação e iluminação externa.
* Reforma de 25 mesas e 50 bancos da área de piquenique;
* Reforma do recinto dos catetos;
* Reforma do recinto do veado;
* Reforma do recinto dos macacos-cairaras;
* Instalação de epifitário a céu aberto no Zoológico, com espécies representativas do acre;
* Paisagismo de todos os recintos;
* Construção de 03 portões de acesso ao Centro de triagem de Animais Silvestres, setor extra e quarentenário do parque;
* 254 metros de cerca na parte dos fundos do parque;
* Reforma das duas trilhas ecológicas do parque com instalação de pontes e placas educativas;
* Reformas dos brinquedos antigos;
* Construção dos trapiches do memorial Chico Mendes e da área de piquenique.

Acre com sistema de parques

Conforme informou o governador Binho Marques, o Parque Chico Mendes integrará o sistema de parques que está sendo implantado no Acre com equipamentos como o Parque Centenário, em Brasileia, um espaço de mais de 10 hectares construído como Igapó do Kayrala/Bacurim, onde o governo está investindo R$ 3,9 milhões. Esse parque tem escritório de administração, sombreiros, ponte de madeira, bancos de madeira, bicicletários, cerca de 20 mil metros quadrados de placas de grama, plantas arbustivas variadas, palmeiras, árvores sombreadoras, pórtico de entrada e playground. O igapó, presente no Parque Centenário, é um ecossistema que registra a presença de várias espécies da fauna e da flora amazônica. Além do Centenário, há parques em Sena Madureira e em Feijó. Ali, o Governo do Acre implanta o Parque do Buritizal de Feijó, que ocupa uma área de 6,7 hectares ao entorno da antiga pista de avião no Centro da cidade. Nesta fase inicial, o projeto está orçado em R$ 2.623.439,13, mas o custo total é de mais de R$ 22 milhões e se assemelha ao Parque da Maternidade, que elevou a qualidade de vida dos moradores de Rio Branco.

"São investimentos do Governo para que a gente tenha não só o sentimento de carinho e proteção com a natureza, mas também com parte da nossa identidade", disse o Governador sobre os parques ambientais do Estado.
Agência de Notícias

8 de julho de 2010

Governo do Acre moverá ação judicial contra a Eletrobrás

Escrito por Edmilson Ferreira

"Não vai ficar barato. É um absurdo uma situação dessas", afirma Binho Marques ao expressar a indignação do povo acreano com o descaso da empresa


O Governo do Acre moverá ação judicial contra a Eletrobrás por causa do apagão ocorrido na noite desta terça-feira, 6, que por mais de duas horas deixou o Estado às escuras, causando sérios prejuízos à economia e gerando situações desfavoráveis em todos os setores da sociedade e dos serviços públicos. "É um absurdo uma situação com essa. Esses apagões estão se repetindo numa seqüência que não podemos aceitar", afirmou o governador Binho Marques na manhã desta quarta-feira, 7. Ele anunciou que não apenas a Eletrobrás mas todos os organismos envolvidos na questão serão acionados na Justiça. A Procuradoria Geral do Estado está preparando a ação. "Não vai ficar barato", declarou o governador demonstrando a indignação do povo acreano com o descaso desses órgãos.

É necessário um plano B para situações como a de terça-feira. O Acre não pode ficar à mercê de um fio, segundo o governador. Binho telefonou para o Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para informar que a Eletrobrás irá responder na Justiça pelos problemas que há muito tempo vem prejudicando o Acre. "Eu disse ao ministro que existem órgãos do governo federal que não tem a preocupação que o Presidente Lula tem com o Acre", relatou Binho Marques. A Eletrobrás - e todos quantos estiverem envolvidos na questão - terá de não apenas corrigir como criar um sistema que resolva de uma vez por todas esse problema.

O anúncio do acionamento judicial da Eletrobrás foi feito durante cerimônia na superintendência do Incra, em Rio Branco, em que a parceria entre Governo Federal e Estado estão injetando recursos de milhões de reais para aquisição de equipamentos visando a melhoria de ramais. Um evento dos mais importantes para o Acre e Binho o utilizou para demonstrar o descompasso da Eletrobrás com o momento vivido pelo Brasil e o Acre. "O que temos aqui hoje é significativo. Esse recurso vai nos ajudar muito e a Eletrobrás vai completamente ao contrário de tudo o que está acontecendo no Acre", comparou o governador, citando ainda outros recentes incrementos como a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) instituída há uma semana pelo Presidente Lula.

A decisão de processar a Eletrobrás decorre de inúmeros documentos encaminhados à diretoria do órgão, que manteve o descaso e jamais tomou providência quanto aos constantes apagões. O contexto é que o linhão é extremamente frágil e o Acre não pode ficar sujeito a um sistema que a qualquer momento pode entrar em pane. "Eu disse ao ministro Padilha: se eu fosse ministro das Minas e Energia ao menos telefonaria para o governador e pediria desculpas à população do Acre".

Leia a nota Oficial emitida pelo Governador Binho Marques:


NOTA OFICIAL


Pela gravidade do apagão de energia elétrica ocorrido em todo o Acre, na noite desta terça-feira, 06 de julho de 2010, e do agravante tratamento dispensado por órgãos responsáveis pelo fornecimento da energia que nos custa tão caro, o que inclui até a falta de informações sobre os apagões, o Governo do Estado decidiu acionar judicialmente à Eletroacre/Eletrobrás, Eletronorte e Empresa Operadora do Sistema Nacional de Energia, cobrando pelos prejuízos causados pelos apagões e exigindo a urgente normalização do fornecimento de energia.

A queda de qualidade e as interrupções do fornecimento de energia para o Acre vêm se agravando nos últimos meses, apesar das manifestações formais do Estado junto à Eletroacre, Eletrobrás, Eletronorte, Empresa Operadora do Sistema Nacional de Energia e até ao Ministério das Minas e Energias.

O povo acreano é cordial, hospitaleiro e respeitador, mas também espera reciprocidade neste tratamento. Já o apagão que escureceu todo o Estado, na noite de ontem, extrapolou todos os limites da paciência dos acreanos, causando extremo desconforto às famílias, riscos para as pessoas e incalculáveis prejuízos financeiros para trabalhadores e empresas, além do comprometimento dos serviços essenciais do Poder Público, inclusive os de saúde, educação e segurança.

Não é justo que o descaso das autoridades do setor elétrico exponha negativamente o Governo Federal, que investe na democratização do acesso à energia com o Programa Luz para Todos, e está presente na vida dos acreanos em tantas outras ações em parceria com o Governo do Estado. O fato é que a atitude da Eletrobrás e da Operadora do Sistema Nacional de Energia não condiz com o tratamento respeitoso que o presidente Lula sempre dispensou ao povo do Acre.

Binho Marques
Governador do Estado do Acre

5 de julho de 2010

Lula assina decreto da ZPE do Acre



Escrito por Edmilson Ferreira



"Um novo tempo não apenas para o Acre, mas para o Brasil", afirma o governador Binho Marques sobre a Zona de Processamento de Exportação do Acre

Governador Binho Marques na solenidade de assinatura do decreto da criação da ZPE Acre pelo presidente Lula
O presidente Lula assinou nesta quinta-feira, 1, no Palácio do Planalto (Brasília), o decreto de criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Acre. A ZPE é um distrito industrial incentivado, onde as empresas nele localizadas desfrutam de um tratamento fiscal e cambial diferenciado, com a condição de destinarem a maior parte de sua produção para o exterior. "O presidente Lula ficou muito feliz em ver o sonho de Chico Mendes realizado", disse o governador referindo-se à luta de mais de trinta anos para consolidar a Nova Economia no Acre, baseada em alta inclusão social e baixo carbono.

O governador Binho Marques, o senador Tião Viana, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Edvaldo Magalhães, os secretários Aníbal Diniz (Comunicação Social) e Gilberto Siqueira (Planejamento), o presidente do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Acre, Jorge Viana, e o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), João Salomão, participaram, em Brasília, do ato de criação da ZPE do Acre que ocorreu em tempo recorde, há menos de uma semana da aprovação pelo Conselho das Zonas de Processamento de Exportação.

A ZPE do Acre será implantada a cerca de quatro quilômetros do Centro de Senador Guiomard e ocupa um terreno de 130 hectares. O advento da ZPE ocorre em uma Zona Especial de Desenvolvimento (ZED), conceito criado pelo governador Binho Marques para definir locais de maior dinâmica econômica, localizadas na área de influência direta das rodovias federais BR-317 e BR-364, dotadas de melhor infraestrutura, com empreendimentos consolidados, ocupação territorial definida e significativo capital social. São, portanto, regiões de baixa vulnerabilidade ambiental e alto capital humano. Por essa política, há o compromisso do Governo de atuar, nessas regiões, buscando conter o desmatamento, reverter o impacto ambiental e consolidar empreendimentos de base florestal, promover novos negócios estratégicos e reinserir áreas alteradas/degradadas ao sistema produtivo. As instalações já construídas pelo Governo do Estado, onde estava previsto inicialmente o funcionamento do Porto Seco já destinavam espaços específicos para as atividades de fiscalização, vigilância e controle aduaneiros, de interesse da segurança nacional, fitossanitários e ambientais. "É um grande gol para o Acre", assim definiu o ato de Lula o secretário de Planejamento do Acre, Gilberto Siqueira, um dos articuladores do projeto.

Governador Binho Marques com delegação, no Palácio do Planalto para assinatura do Presidente Lula criando a ZPE do Acre (Foto: Ricardo Stuckert/Secom)

O Presidente da Fieac, João Francisco Salomão, referiu-se aos políticos do Acre como pessoas de prestígio junto ao Presidente Lula. Salomão fez especial referência ao senador Tião Viana, que junto com Binho Marques e Jorge Viana conduziram o processo desde seu início. "A ZPE é um marco na economia do Acre. É um dia histórico", disse o líder empresarial, lembrando também do trabalho do secretário de Planejamento do Acre, Gilberto Siqueira.


As empresas instaladas em ZPE têm direito aos seguintes benefícios, conforme descritos na Lei 11.508/2007, que trata do assunto; suspensão do Imposto de Importação; do IPI; do PIS/COFINS; do PIS-Importação/COFINS-Importação; e do AFRRM para as importações e aquisições no mercado interno de insumos e de bens de capital; liberdade cambial (as empresas não são obrigadas a internar as divisas obtidas por suas exportações); e procedimentos administrativos simplificados nas exportações e importações.

Para se instalarem em ZPE as empresas precisam exportar o equivalente a pelo menos 80% de sua renda bruta e ter um projeto aprovado pelo Conselho Nacional de Zonas de Processamento de Exportação (CZPE). Quando exportarem seus produtos a suspensão acima se converte em isenção. Quando da venda da parcela restante no mercado interno, são cobrados os impostos/contribuições suspensos. Tudo isso garantido por até 20 anos (podendo ser prorrogado por igual período, dependendo da dimensão do projeto.

O posicionamento do Acre no contexto dos novos eixos de integração física regional na visão do Programa de Integração da Infra-Estrutura Regional da América do Sul, ainda não impactou plenamente sua logística de transportes. Embora o Governo do Estado em parceria com o Governo Federal estejam realizando importantes investimentos em sua infraestrutura interna, os maiores resultados ainda acontecerão com a conclusão de duas importantes obras em curso: o asfaltamento da BR-364 e da Rodovia Interoceânica em território peruano, ambas com previsão próxima de inauguração. Com a homologação, as instalações do Porto Seco estão agora incorporadas à ZPE. Trata-se de um terminal intermodal terrestre diretamente ligado pela via rodoviária (ou ferroviária). Além de seu papel na carga de transbordo, podem também incluir instalações para armazenamento e consolidação de mercadorias, manutenção de transportadores rodoviários ou ferroviários de carga e de serviços de despacho aduaneiro.

ZPE está sendo instalada no Km 4 da Br-317, em Senador Guiomard (Foto: Luciano Pontes/Secom)
Lula sabe diferencial do projeto acreano

Presidente Lula elogiou projeto acreano que tem o diferencial na consolidação do desenvolvimento sustentável no Estado (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)
Com tudo isso, Binho Marques tem a ZPE como "o confeito do bolo", o detalhe que alavancará a economia e levará o Acre a alçar grandes vôos na consolidação do desenvolvimento sustentável com inclusão social e respeito ao meio ambiente. Esse "confeito" resulta da construção de um projeto que tem em sua concepção, entre outros fatores, investimentos no Zoneamento Ecológico-Econômico e na confiança na iniciativa privada acreana.

Binho Marques reafirmou o compromisso do Presidente Lula com o desenvolvimento do Acre. "Tudo o que fizemos tem a assinatura de Lula. Ele compreende a importância do nosso projeto. É o que tem de mais moderno", disse o governador. "Lula sabe que nosso projeto não é para poucos, é para todos", completou. Nesse sentido, o ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, afirmou que o projeto do Acre era o melhor entre todos relacionados à ZPE.

O governador lembrou ainda do empenho do senador Tião Viana, do presidente da Assembléia Legislativa, Edvaldo Magalhães, do presidente do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Acre, Jorge Viana, e a liderança de João Salomão. No começo do ano, Salomão e Tião Viana lideraram uma comitiva de 70 empresários em viagem à China. "Na próxima década, a ZPE do Acre estará liderando processo que se refletirá no Brasil todo", prevê o governador. O próximo governante do Acre terá amplas condições estruturais para seguir avançando a passos largos rumo a uma economia justa e competitiva, que traga benefícios para todos.
Estratégia fundamental para o desenvolvimento do Acre

A ZPE do Acre desempenhará uma função estratégica fundamental no processo de desenvolvimento do Estado, em consonância com a Política Nacional de Desenvolvimento Produtivo, contemplando cinco dos seus seis destaques estratégicos: exportações (ampliação e diversificação); regionalização (nova distribuição geográfica da indústria); micro e pequenas empresas (capacitação para o mercado externo e geração de postos de trabalho); integração produtiva com a América Latina e Caribe (articulação com as cadeias produtivas nas áreas fronteiriças da Amazônia); e produção sustentável (manejo de uso múltiplo dos recursos florestais, agroflorestais, certificação e preservação do meio ambiente).

A precariedade da infraestrutura e logística historicamente foi considerada como um dos principais entraves ao desenvolvimento do Acre, até por se tratar de um condutor estratégico de transformação da dinâmica social na região. A infraestrutura implantada no Estado está mais presente no Baixo Acre, com ênfase em Rio Branco, e em Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá, que são as regiões mais povoadas. Todavia, esta situação deverá ser modificada sensivelmente no final deste ano e ao longo do próximo com a conclusão das obras de pavimentação da rodovia federal BR-364 e outros investimentos de logística e infraestrutura, tais como: linhas de transmissão de energia elétrica; obras de saneamento; obras de habitação e urbanização; redes de inclusão digital e outros, todos no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Mercado de 30 milhões de potenciais consumidores num raio de 750 km do Acre

Num primeiro momento, estima-se que as indústrias pioneiras a serem instaladas na ZPE do Acre, devam ter foco nos mercados do Peru e da Bolívia. Conformem as estatísticas do Ministério Desenvolvimento, Comércio e Indústria, os principais países de destino das exportações do Acre são, pela ordem em 2007, o Reino Unido, a Bolívia, a China, os Estados Unidos e a Bélgica. Em princípio, estes seriam os mercados potenciais das empresas localizadas na ZPE do Acre, apesar de que não necessariamente as exportações de produtos industriais teriam a mesma composição da pauta atual, predominantemente composta de produtos primários ou com pequena agregação de valor. No entanto, a médio prazo (quando a ZPE estiver beneficiando tais produtos), é bastante provável que estes mesmos mercados tendam a absorver grande parte dessa produção.

A expectativa, em curto prazo, entretanto, é de que a ZPE do Acre se transforme, pela sua proximidade e condições logísticas, em uma plataforma de suprimento parcial dos produtos brasileiros para os mercados dos países vizinhos. Embora não se deva esperar que a base industrial de suprimento a esses mercados se transfira para a ZPE do Acre, é possível que parte dela possa considerar que a implantação de unidades para a ZPE acreana lhes dariam melhores condições competitivas para a penetração naqueles mercados.

Cerca de 30 milhões de pessoas que vivem em um raio de 750 km do Acre deverão ser impactadas pela ZPE. O primeiro destes efeitos se traduz em demanda por serviços, bens de capital, mão-de-obra e matérias primas para as empresas instaladas na ZPE. O segundo, em difusão de novas tecnologias, treinamento de mão-de-obra e em práticas de gestão mais modernas, adotadas pelas empresas da ZPE. Outros novos investimentos serão implantados em módulos, de acordo com a demanda de instalação das indústrias. A implantação do primeiro módulo, com 25 hectares (equivalente ao tamanho do atual Parque Industrial de Rio Branco) do total dos 120 hectares, está orçada em R$ 11,2 milhões. Em cerca de 90 dias o Governo do Estado terá constituído a empresa administradora da ZPE, com a finalidade específica de implantar e administrar o projeto.
O que é ZPE?

Além de pertencerem à mesma classe de zonas francas, as ZPE's, a Zona Franca de Manaus e as Áreas de Livre Comércio (ALCs) têm em comum o objetivo da promoção do desenvolvimento regional. A diferença é que enquanto a ZFM praticamente se restringe à cidade de Manaus (mantendo uma ação desenvolvimentista bastante acanhada no restante da Amazônia Ocidental), as ZPE's, embora fisicamente menores, têm uma abrangência geográfica mais ampla, na medida em que poderão ser instaladas em todo o País.

Os produtos fabricados na ZFM, quando vendidos no mercado interno, gozam de isenção do IPI e de redução de 88% do imposto de importação incidente sobre os componentes importados. Assim, a ZFM dispõe de condições mais favoráveis do que as ZPE's quando se trata de vendas no mercado doméstico. Porém, quando se trata de exportações - e é para isso que as ZPE's são fundamentalmente criadas - elas contam com incentivos mais significativos. No Porto Seco, as mercadorias importadas podem ser desembaraçadas ou serem mantidas com suspensão de impostos, até a sua regularização aduaneira; e as destinadas ao mercado externo são consideradas exportadas para todos os efeitos fiscais, cambiais e creditícios.

1 de julho de 2010

Binho visita núcleo de empresas públicas do Acre




Escrito por Edmilson Ferreira


Sede é no prédio da Codisacre, onde servidores da Cila, Sanacre, Acredata e Fades seguem trabalho intenso na manutenção das empresas


Governador Binho Marques em visita ao prédio e aos servidores da Codisacre
O governador Binho Marques visitou nesta terça-feira, 29, as novas instalações do Núcleo administrativo da Companhia Industrial de Laticínios do Acre (Cila), Empresa de Processamento de Dados do Acre (Acredata), Companhia de Desenvolvimento Industrial do Acre (Codisacre), Empresa de Colonização do Acre (Colonacre) e Companhia de Saneamento do Acre (Sanacre), além da Fundação de Desenvolvimento Social do Acre (Fades). O prédio pertence à Codisacre, está localizado no Distrito Industrial de Rio Branco e passou por uma ampla reforma que tornou o ambiente adequado ao trabalho. A obra custou cerca de R$ 790 mil em recursos próprios do Estado.

Apenas a Colonacre está operante em sua finalidade, mas todas elas mantêm intensa rotina: com cerca de 400 servidores em seus quadros, dos quais boa parte serve a diferentes setores do governo, o núcleo cuida do sistema contábil, recursos humanos e financeiros das empresas. Diretamente, mais de 80 funcionários têm o prédio da Codisacre como ambiente de trabalho. "Nosso local de trabalho tinha goteira por tudo quanto é parte, mas agora está estimulante, eleva a autoestima dos servidores", disse Raimundo Guilherme Lopes, diretor administrativo e financeiro da Codisacre e da Acredata.

Depois de mais de uma década de trabalho, austeridade e responsabilidade com a máquina pública, as empresas estão sanadas: quando Jorge Viana assumiu o governo, o Estado sequer podia realizar empréstimos especialmente por causa da inadimplência dessas empresas (além das abrigadas no núcleo da Codisacre existem outras, como a Companhia de Habitação do Acre, e o Banco do Estado do Acre, que deixaram de atuar em seus objetivos pelos modelos errados de gestão). Quando Jorge Viana foi eleito em 1999, a dívida do Acre representava 150% do Orçamento do Estado. Em 2010, é de apenas 80%. "Nós regularizamos dívidas de empresas como o Banacre, Colonacre, Cageacre. O nível de endividamento do estado em 1998 somava 1,34 vezes o valor da receita líquida real, enquanto que em 2008 esse índice fechou em 0,5. Nos últimos 10 anos, o Governo recebeu em recursos de operações de crédito um total de R$ 402 milhões (com várias fontes de financiamento, como Banco Mundial e BNDES), enquanto que foram pagos R$ 948 milhões em dívidas (entre juros e amortizações)", explicou o Governador Binho Marques.

O melhor panorama é que, apesar da redução da dívida, o governo aumentou os investimentos públicos, aplicando quase R$ 3 bilhões em infraestrutura e desenvolvimento nos onze últimos anos. Foi mantendo e potencializando a austeridade financeira que o governo Binho Marques encerrará o mandato com 100% do passivo fiscal das empresas resolvido. Ou seja, são cerca de R$ 120 milhões em dívidas negociadas pelo Programa de Refinanciamento dos Estados (Refis II), uma parceria da União com seus entes federados.

O núcleo estabeleceu um novo modelo de gestão. Vários servidores dos quadros das empresas atuam na linha de frente de importantes projetos. Como exemplo, a Acredata cedeu profissionais de tecnologia da informação para o programa Governo Único e Floresta Digital. Na visita, Binho cumprimentou todos os funcionários, conheceu os espaços e departamentos e agradeceu aos gestores e servidores. "São poucas pessoas para muito trabalho. Nós temos muito o que agradecer a vocês", disse o governador.



Governo investiu cerca de R$ 790 mil na reforma do prédio localizado no Distrito Industrial de Rio Branco
Em 1998, o compromisso fiscal em atraso era de R$ 80 milhões, valor que foi crescendo devido à natureza da primeira versão do Refis. Ainda assim, o Acre saiu da inadimplência e pode assinar contratos hoje fundamentais para consolidação do modelo de desenvolvimento sustentável que caminha para uma Nova Economia, esta baseada em alta inclusão social e baixo carbono. O Governo do Estado estabeleceu controle sobre toda a dívida com o FGTS das empresas, o que implicou no recolhimento de cerca de R$ 1 milhão para atualizar o Fundo.

Sobretudo as empresas estão com 95% de seus passivos trabalhistas negociados. Cada uma mantém programa permanente de negociação e até o final do ano, segundo prevê Luiz Carlos Simão Paiva, secretário-adjunto da Secretaria de Gestão Administrativa (SGA) responsável pelo núcleo de empresas em liquidação, os últimos acordos estarão encerrados, extinguindo esses passivos. "Até 1999 essas empresas estavam completamente esquecidas, mas passaram a ter atenção especial do governo, começando pela atualização do pagamento dos servidores", lembrou Luiz Carlos.

Agência de Notícias