31 de agosto de 2011

Programa Saúde Itinerante Cuidando dos Seus Olhos viaja pelo interior do Estado    Surama Chaul (Assessoria Sesacre)  

Depois de Sena Madureira, foi a vez de Brasileia receber a ação do governo do Acre
 
Além das consultas, foram agendadas 400 cirurgias de catarata e 120 de pterígio, que serão realizadas em Rio Branco nos dias 24 e 25 de outubro. Também foram identificados dois casos de problema na retina e 80 de glaucoma, sendo encaminhados para Rio Branco para avaliar a necessidade de cirurgia. Uma parceria com a prefeitura local vai garantir a disponibilidade de ônibus para transportar os pacientes até a capital e levá-los de volta a Brasileia.

“Existe uma demanda muito grande no Alto Acre, e poder trazer o projeto para atender a população é maravilhoso. Nunca na história do Acre houve um projeto com essas especialidades. Isso é a integralidade preconizada pelo o SUS”, disse a secretária Suely Melo.

Assim como na capital, o atendimento priorizou pessoas a partir dos 50 anos. Além de Brasileia, foram atendidos moradores das outras cidades do Alto Acre: Assis Brasil, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba. A ideia é de que o próximo destino seja Cruzeiro do Sul, para atender o Vale do Juruá. Em Sena Madureira, por onde o projeto começou sua itinerância, também foram atendidas cerca de 1.600 pessoas em quatro dias, e mais de 300 farão cirurgia de catarata nos dias 25 e 26 de outubro. No encerramento do projeto, em junho de 2012, o governo espera atender os 22 municípios do Estado.

Segundo a diretora do Hospital Raimundo Chaar, Leonice Maria Bronzeado, foi importante receber o projeto porque muitos idosos recorriam à Bolívia e muitas vezes sem sucesso. “Foi uma expectativa geral e um sonho para muita gente porque a maioria é muito humilde e jamais teria condições de pagar uma consulta ou mesmo uma cirurgia”, reconhece.

A vereadora Leda Santiago também esteve presente, representando a prefeita Leila Galvão, e disse que a ida do projeto foi importante porque muitos dos homens atendidos são ex-seringueiros e prejudicaram a visão com a defumação da borracha. “Essa iniciativa trouxe condições e comodidade para eles, que depois de muitos anos puderam fazer uma consulta com um oftalmologista”, disse.

Maria da Silva Vieira, produtora rural aposentada, 58 anos, mora na Colônia São Gregório, em Epitaciolândia, e ouviu pelo rádio sobre a chegada do programa a Brasileia. “Tenho uma amiga que se operou pelo projeto em Rio Branco e está boazinha. Quando ouvi no rádio me apressei em vir para cá. Meu olho dói muito, já usei óculos e não adiantou. Tomara que agora tenha jeito.”

O projeto em números

Desde sua implantação, em 15 de junho, o projeto Saúde Itinerante Cuidando dos Seus Olhos já fez cerca de 30.700 atendimentos em Rio Branco, dos quais mais de oito mil cirurgias de catarata e mais de 2.200 de pterígio (carne crescida), além de pequenas cirurgias e limpeza de lentes.

Na última semana, foram realizadas quatro cirurgias de retina, um procedimento do segmento posterior do olho de alta complexidade e de custo muito alto. “Para nós foi um orgulho realizar essas cirurgias porque o equipamento custa 300 mil dólares. O procedimento, em torno de 10 a 15 mil reais, só é realizado em grandes centros. Poder fazê-las a preço de SUS para o Estado é um ganho muito grande para a população”, disse Luciano Goulart, diretor executivo do Instituto de Olhos Fábio Vieira.

Até junho de 2012, encerramento do contrato, o projeto pretende atender 120 mil pessoas.

29 de agosto de 2011

“O Acre promove manejo florestal sustentável exemplo para o mundo” Wiliandro Derze (Assessoria SEF)  

Afirmação foi feita pelo diretor-assistente da Organização Internacional de Madeiras Tropicais, Eduardo Mansour e especialistas que estão no estado

A visita dos engenheiros de vários continentes à Floresta Estadual do Antimary faz parte da programação do Encontro Internacional de Manejo Florestal Sustentável, organizado pela Fundação de Tecnologia do Acre (Foto: Assessoria SEF)
“O Acre é exemplo na atividade de Manejo Florestal Sustentável no Mundo”. Com essas palavras o Diretor Assistente da Organização Internacional de Madeiras Tropicais, Eduardo Mansour e outros engenheiros florestais do Japão, China, Estados Unidos e de outros países definiram os trabalhos que estão sendo realizados dentro da Floresta Estadual do Antimary. Os especialistas em manejo florestal passaram dois dias na reserva, localizada no município de Sena Madureira, distante 110 quilômetros de Rio Branco, e puderam verificar de perto os trabalhos de exploração sustentável na região.

A visita dos engenheiros de vários continentes à Floresta Estadual do Antimary faz parte da programação do Encontro Internacional de Manejo Florestal Sustentável, organizado pela Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), Secretária de Estado de Floresta (SEF) e Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO). Comemora também o ano Internacional da Floresta estipulado pela União das Nações Unidas (ONU).

A abertura do encontro ocorreu na Biblioteca da Floresta no início desta semana e contou com a presença do Senador Jorge Viana, que também é engenheiro florestal.

O encontro que seguiu uma extensa programação serviu para redefinir as diretrizes das políticas sustentáveis de manejo florestal criadas pela ITTO, já que as primeiras normas foram criadas em 1990 e é preciso que sejam revisadas.

De acordo com o Diretor do ITTO, antigamente as pessoas pensavam o manejo florestal só como um serviço madeireiro, somente com a retirada de madeira. “Hoje as pessoas entendem a floresta não somente como produtor de madeira, mas como uma fabrica de vários tipos de produto e serviços que são utilizados”, explicou Eduardo Mansour.

Segundo o especialista, a floresta amazônica é muito rica e fornece a madeira e outros produtos, como a castanha, o Látex, açaí, óleos de todas as qualidades para a área cosmética, além de vários outros produtos como plantas e sementes medicinais.

A visita até a Floresta Estadual do Antimary serviu como uma forma de proporcionar aos especialistas da ITTO, as condições necessárias para a verificação da atividade de exploração realizada na região. Foram mostradas as formas de derrubada e as normas para que isso ocorra, como a espessura das árvores, as estradas que devem ser construídas para a qualidade da retirada da madeira e a preservação da fauna na região explorada.

Os membros da ITTO depois de analisar todas as atividades realizadas na floresta do Antimary definiram que o Acre continua sendo a região de melhor exemplo de manejo florestal sustentável em floresta nativa.

A Secretaria de Estado de Floresta (SEF) que é responsável pela reserva florestal do Antimary reformou toda a estrutura do acampamento sede da região, ampliando os apoios e dando condições necessárias para as 54 famílias que vivem na reserva preservar e conservar a floresta.

O Secretário de Floresta, João Paulo Mastrangelo, falou que a realização desse encontro, confirma que as políticas de manejo floresta sustentável no Acre estão dando certo. E acrescentou dizendo que tudo isso já mostra como as comunidades podem ter renda por meio da floresta, pois na Floresta Estadual do Antimary, todas as famílias recebem aproximadamente R$ 880 mensais do Manejo Florestal da reserva.

25 de agosto de 2011

Rádio Difusora Acreana completa 67 anos

Não se comemora o aniversário da Rádio Difusora Acreana, comemora-se uma conquista. Pois A Difusora é a rádio que faz chegar às mais remotas localidades do Acre a música e a notícia, tão necessários ao lazer, além de toda a informação às comunidades que não têm acesso a outras mídias, senão à sintonia das ondas curtas, médias, tropicais ou de frequência modulada (FM).
A Rádio Difusora Acreana nasceu em 1944. Os equipamentos vieram de avião e pesavam cerca de 400 quilos. Seu estúdio foi instalado no antigo Instituto Getúlio Vargas e em 7 de agosto de 1944 aconteceu a primeira transmissão da rádio em caráter experimental. Mas foi apenas no dia 25 de agosto que ela entrou no ar efetivamente, como ZYD-9. As instalações atuais, no centro da cidade, só foram ocupadas em 1 de maio de 1949.

O governador Silvestre Coelho foi quem fez o discurso de abertura: “Está no ar, pela primeira vez, a título de experiência, a Rádio Difusora Acreana. Aproveito o ensejo para enviar ao povo deste Território a minha saudação, desejando que este melhoramento seja, sobremodo, proveitoso ao desenvolvimento intelectual e ao progresso desta abençoada terra”.

O rádio é o meio de comunicação de maior alcance no interior do Acre. Apenas quem anda no interior, nos locais mais longínquos do Estado, é que pode avaliar a importância do rádio na rotina de quem vive na floresta, nas fazendas e colocações. Daí a importância de uma emissora moderna e sintonizada com o povo do Acre como a "A Voz das Selvas", apelido carinhoso dado pela população para a rádio.

O secretário de Comunicação Leonildo Rosas reconhece a importância gigantesca da Difusora para todo o Acre. “Não teria definição melhor que ‘A Voz das Selvas’.  É uma rádio que simboliza a integração de todo o nosso Estado, a Amazônia e muito além de suas fronteiras. A Difusora aproxima o Estado através de sua locução em uma região que ainda possui localidades de acesso tão difícil.”

Uma trajetória sem igual

O Rádio ainda é o meio de comunicação mais importante para quem vive na Amazônia (Foto: Secom)
Mesmo com a chegada da energia elétrica, e contrariando as tendências e afirmações de milhares de pessoas, o rádio não é substituído pela televisão. E a Difusora, ao longo de seus 67 anos, não perdeu sua importância. “A Difusora Acreana não é só testemunha viva da história do Acre, mas do Brasil e do mundo. Por ela foram divulgados os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, a cotação da borracha no mercado mundial e mensagens incontáveis de pessoas para pessoas”, lembra Antônio José, diretor da rádio.

Logo na entrada da Difusora, o cidadão encontra áudios de locutores e da programação, equipamentos antigos, fotos de servidores e entrevistados, e parte do acervo musical, que recepcionam os visitantes na pequena Sala de Memória adaptada para abrigar o arquivo histórico da emissora.

A rádio chega a todos os municípios e regiões mais isoladas do Acre. Não são somente mensagens de pessoas para pessoas, mas também mensagens institucionais, do governo e da Justiça, além do preço das mercadorias, e seu ponto mais forte, o radiojornalismo. Hoje, a Difusora tem 50 funcionários, distribuídos entre locutores, repórteres, técnicos e os responsáveis pelos transmissores e antenas instalados no alto do bairro Sobral, em Rio Branco. Tudo isso fazendo a rádio funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, transmitindo 36 programas atualmente.

A Difusora saiu do vinil para o CD e rapidamente do CD para o digital. Todo o acerco da rádio foi digitalizado para o MP3, além de tocar qualquer outro formato de áudio e a transmissão via internet. A Rádio pode ser acessada online também, em qualquer momento, através da página do governo, www.ac.gov.br

De corpo e alma
Rubemar Tavares, 33 anos dedicados à Rádio Difusora
Emissora de rádio é  um meio de comunicação por emissão e recepção de informação, podendo ser realizada por radiação eletromagnética que se propaga através do espaço. Essa tecnologia de transmissão de som por ondas de rádio foi desenvolvida pelo italiano Guglielmo Marconi, no fim do século 19, e é usada ate hoje.

Por isso, vale lembrar que, embora a sede da Difusora funcione no Centro de Rio Branco, sua alma está um pouco mais longe, mais precisamente nos altos do bairro Sobral, onde se encontram as instalações dos dois transmissores e antenas que levam o sinal da Difusora para todo o Acre, Amazônia e até outros países.

São dois transmissores que funcionam na mesma frequência em ondas médias e um transmissor em ondas curtas, que faz chegar até o limite do Acre e ser captada em várias regiões do mundo, como mostra uma famosa carta recebida da Finlândia (norte da Europa), do ouvinte Hannu Tikkanen. O transmissor para o interior trabalha em ondas tropicais, enquanto o transmissor para a cidade funciona em ondas médias, que atinge um raio de 100 quilômetros.

As instalações na Sobral existem desde 1977. A primeira antena da Difusora havia sido instalada nos altos do antigo Colégio Meta, no Centro de Rio Branco, depois sendo passada para o Aviário, até ir para um dos pontos mais altos da cidade. “São ótimos, dão conta do recado. A única coisa que precisa é de um aumento de potência, pois a cidade cresce”, conta Rubemar Tavares, um dos operadores dos transmissores.

Tavares tem 33 anos de Difusora, sempre na área técnica. Nas instalações da antena, são dez funcionários - quatro são operadores. Tavares também ajuda nas transmissões esportivas e programas fora do estúdio com sua equipe. “A gente começa a trabalhar com rádio, e isso vai para o sangue. Você dá a alma. A gente pensa nisso não como trabalho, mas como diversão. É tão pegajoso que é até difícil de explicar. Isso aqui prende”, revela o técnico, que precisou vir até mesmo no último sábado, debaixo de chuva, para trocar telhas que voaram do teto da sede dos transmissores.

Na cidade, somos muito bem atendidos com telefone, internet e parabólica, mas Tavares ressalta que existem lugares no Acre em que só chega o sinal da Difusora. “A Difusora também é o telefone rural do produtor. Só nós, que trabalhamos na rádio, e eles, que usam esse veículo, sabem disso.”

A voz que virou dama

Nilda Dantas, a grande dama do rádio acreano (Foto: Secom)
Não apenas o aparelho, como o locutor da emissora, o qual o ouvinte muitas vezes não conhece pessoalmente, acaba se tornando um companheiro de uma multidão. Ao completar 67 anos, a Rádio Difusora Acreana não é apenas uma rádio, é  uma história de amor entre seus ouvintes e entre as pessoas que trabalham para que ela esteja nos ar todos os dias.

É o caso de Nilda Dantas, a grande dama do rádio acreano. Com sua primeira entrada na Difusora em 1971, ela é até hoje a campeã de cartas recebidas na emissora. Apresentou vários programas e hoje está no Espaço do Povo. “A vida no rádio é apaixonante. Sempre fiz meu trabalho com paixão”, conta Dantas. A radialista, que sempre teve o carinho do público, principalmente do interior, já ganhou vários prêmios de reconhecimento, sendo um dos mais importantes o de Jornalista Amiga da Criança, em Brasília, pelo seu trabalho de combate ao trabalho infantil.

“O rádio abriu várias portas na minha vida”, confessa Dantas, que diz ter feito todos os cursos possíveis para se aprimorar em voz e locução. Sobre o carinho dos ouvintes, ela é modesta. “As pessoas mostram um respeito e admiração por eu ter trilhado uma carreira equilibrada. Dei um perfil do meu trabalho de forma contributiva. Esses dias estava refletindo, eu fidelizei essa profissão na minha vida”, explica a locutora, que pretende trabalhar com o rádio "até ter saúde o suficiente para isso".

Atravessando a história

“Eu gosto do rádio, é a minha cachaça. Eu sofro de ‘microfonite’, não consigo largar o microfone”, conta com orgulho o radialista e empresário Jorge Cardoso. Ele começou na rádio em 1967, quando chegou do interior de Xapuri. Atuava na área técnica, na época que a rádio ainda pertencia à Secretaria de Educação. Estudou contabilidade e tentou se afastar do rádio por seus negócios pessoais. Não aguentou. Depois de 10 anos voltou para a rádio e soma as duas atividades. Comanda hoje o Jorge Cardoso em Ritmo Rural, no ar desde 1987. E pretende levar o rádio na sua vida até aonde der.

Cardoso se orgulha de falar da história da Difusora e seu período áureo. “Foi a primeira rádio na América do Sul a transmitir a notícia do fim da Segunda Guerra Mundial”, informa o radialista. “Na época a Difusora ficava ligada direto na BBC de Londres, e assim que eles deram a notícia, o pessoal da rádio repassou também.”

A Ditadura Militar até  os anos 80 também atingiu a trajetória da rádio. “Passamos pela ditadura. Não rodavam músicas específicas de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e tantos outros. A Polícia Federal mandava uma lista com as músicas proibidas e se elas fossem tocadas, batiam à  porta”, relembra Jorge Cardoso. Ainda assim, para o radialista, a Difusora é só emoção “A Difusora é a cara do Acre.”

O período áureo

É o radialista Zezinho Melo, outro campeão de cartas de amor recebidas na rádio, que tem uma das trajetórias mais longas na Difusora. Hoje com 62 anos, ele começou aos 11 anos, como motoboy, e só depois passou para locutor esportivo. Em 1952 começaram as transmissões do futebol ao vivo de Rio Branco e o Território do Guaporé, que fazem sucesso até hoje.

Ele é um dos que mais lembra a era de ouro da Difusora, que teve até programas de auditório em 1960, na época de grandes nomes da rádio como Natal de Brito e Cícero Moreira. O auditório lotava de pessoas e foi nesse período que começou sua carreira. A rádio ia para os bairros, faziam shows lá e distribuíam prêmios para os melhores cantores e piadistas.

Cantores como Sérgio Reis, Evaldo Braga, Teixeirinha e Waldick Soriano passaram pela Difusora e cantaram ao vivo. Na época houve um problema com o Waldick Soriano, o governador Edgard Cerqueira mandou quebrar todos os discos do Waldick na rádio e prendeu dois radialistas que executaram suas músicas, tudo porque o cantor homenageou a então primeira-dama com uma canção bem romântica no show realizado na sede social do Rio Branco Football Club.

“A Difusora representa tudo na minha vida, é a minha casa”, revela Zezinho, que apresenta o Tarde de Emoções, no ar há 15 anos. “Já dormi aqui, colocava a rádio para funcionar logo de manhã cedo. O meu pai me trazia de carro, mas eu vinha para a rádio a pé. Nos dias que chovia, colocava a roupa num saco plástico e vinha de bermuda, me trocava quando chegava na rádio.”

Para o povo

Para algumas comunidades no interior do Acre, o que é dito no rádio é a realidade e a verdade, por isso a Difusora assume seu compromisso de fazer um trabalho informativo, jornalístico e de entretenimento, com qualidade e respeito.
As mensagens que chegam à  Difusora têm que ser lidas sem alterações. Os locutores são proibidos de mudar suas palavras com risco de mudar o entendimento, e alguns até  receberam críticas dos próprios autores das mensagens por verem seus conteúdos deturpados. Como uma carta que chega escrita: “Atenção Raimundo Luiz no Projeto Remaço colônia Barro Alto aviso que não viajamos hoge porque sabemo que voce xegava hoge se voce não xega hoge no viaja amanhã peso que ouvi este aviso peso transmiti o desti natário. Asina vose e Nonato”.

Para algumas comunidades no interior do Acre, o que é dito no rádio é a realidade e a verdade, por isso a Difusora assume seu compromisso de fazer um trabalho informativo, jornalístico e de entretenimento, com qualidade e respeito. Pois essa é a maior importância da rádio, a social.

23 de agosto de 2011

Governo garante benefícios a marceneiros e moveleiros do Alto Acre

Rutembergue Crispim (Assessoria Sedict)  

Secretário Edvaldo Magalhães visitou marceneiros de Xapuri, Epitaciolândia e Brasiléia, para anunciar construção de galpões e outros benefícios

 
Foto: O governo do Estado vai estruturar os Polos Moveleiros dos municípios do Alto Acre. Além de garantir toda infraestrutura necessária para o funcionamento dos estabelecimentos, serão construídos galpões para acomodar os moveleiros e marceneiros de Xapuri, Epitaciolândia e Brasiléia.

A medida faz parte do Programa de Apoio ao Setor Moveleiro e Marceneiro do Acre, que possibilita melhorias nas condições de trabalho para marceneiros e moveleiros, garantindo o resgate do setor.

O secretario de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Serviços, Ciência e Tecnologia (Sedict), Edvaldo Magalhães, se reuniu com marceneiros do Alto Acre para anunciar uma série de medidas que beneficiam a categoria e ouvir as reivindicações dos marceneiros e moveleiros.

Ele revelou que os recursos para a construção dos galpões já estão disponíveis e que estão sendo cumpridas apenas algumas medidas legais para que as obras iniciem. De acordo com Edvaldo Magalhães, a ideia é que os marceneiros e moveleiros tenham um espaço legal onde possam trabalhar e comercializar seus produtos.

“Nós já garantimos o acesso à madeira legal por um preço acessível, o Banco do Brasil está liberando uma linha de crédito para os marceneiros, o governo já assinou a lei das compras governamentais e já estamos trabalhando na legalização dos empreendimentos, garantindo as licenças para que possam trabalhar. Agora vamos estruturar os Polos Industriais e construir galpões para que os marceneiros possam trabalhar”, explicou.

O projeto prevê a construção de 12 galpões em Xapuri, 12 em Brasileia e nove em Epitaciolândia, além de toda estruturação dos Polos Moveleiros, garantindo assim, melhores condições de trabalho para a categoria.

Edvaldo Magalhães fez questão de visitar os empreendimentos e a área dos Polos juntamente com os marceneiros. Depois ele se reuniu com a categoria para discutir os projetos. A boa notícia animou e empolgou os marceneiros do Alto Acre que durante muito tempo enfrentaram dificuldades para trabalhar.

“Nós queremos agradecer a vinda do secretário Edvaldo Magalhães e o esforço do governo do Estado para garantir as condições necessárias para que possamos trabalhar e garantir o sustento de nossas famílias. A construção desses galpões será importante e, juntamente com os outros benefícios garante novo ânimo para todos nós”, afirmou o presidente da Cooperativa Designer da Floresta, de Brasileia, Francisco Oliveira da Silva.

Agência de Notícias do Acre

22 de agosto de 2011

Netbooks melhoram desempenho dos alunos em Mâncio Lima


Flaviano Schneider (Cruzeiro do Sul)   

Governo do Estado distribuiu 165 máquinas em três escolas estaduais


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Para professores e alunos manciolimenses, a chegada dos netbooks significou uma grande ajuda na vida escolar (Foto: Flaviano Schneider)
Somente no interior do Estado, o governo do Acre, através da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), distribuiu mais de três mil netbooks para alunos do terceiro ano do ensino médio. Em Mâncio Lima, cidade mais ocidental do país, foram disponibilizados 165 netbooks para alunos das três escolas estaduais de ensino fundamental e médio, segundo informação do coordenador de Educação da SEE do município, Raimundo Nonato Dias.

Para professores e alunos manciolimenses, a chegada dos netbooks significou principalmente uma grande ajuda no dia-a-dia, ao facilitar as pesquisas e digitação dos trabalhos. A conexão com a internet possibilitou que juventude faça utilização de e-mails, redes sociais, ouvir música e ver vídeos. Segundo os professores os alunos de outras séries também aguardam chegar sua vez de ganhar uma máquina. Enquanto não chega a hora, tomam emprestado as máquinas dos colegas do terceiro ano.

Cada máquina possui um acervo de mais de 2,5 mil obras literárias, além de vídeos, aplicativos da rede social, programas da TV Escola, tira-dúvidas e jogos. A professora de Artes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio 1º de Maio, Maria José dos Santos, comenta que os netbooks favoreceram muito o ensino de artes visuais. “Melhorou para professores e estudantes. Se tivéssemos um sinal de internet melhor, seria ainda mais vantajoso.”

O aluno do terceiro ano da Escola 1º de Maio Michael da Silva Castro está  sempre com seu netbook à mão. "Ficou bem melhor para fazer pesquisas. Fora da escola, gosto de ouvir músicas e participar das redes sociais”, revelou.

O diretor da Escola Estadual Antônio de Oliveira Dantas, José Fernandes Góes, conta que em sua escola existe um laboratório de informática que tem banda larga e quando o sinal está bom tanto alunos quanto professores se sentem mais à vontade para pesquisas e trabalhos. Ele explica que na cidade ainda existe o sinal fornecido pela prefeitura, enquanto o Programa Floresta Digital está em implantação. “O netbook melhorou o desempenho dos alunos. Eles ficaram entusiasmados com o aparelho. Muitos não tinham condições de adquiri-lo e o governo proporcionou isso.”

Eles disseram

“Usar a internet na escola possibilita mais desenvolvimento, e os alunos aprendem muito mais. Para pesquisa de trabalho, é ótimo.” - José Alex Dias, estudante

“A chegada dos netbooks melhorou a vida escolar. É mais uma forma de os alunos buscarem conhecimento. Eles estão se informando mais, indo além do dia-a-dia da escola. A entrada de novas tecnologias sempre faz bem.” - Ivanete de Matos Souza, coordenadora de ensino

"Gostei muito de receber o netbook porque melhorou minha aprendizagem, meu desenvolvimento e meu desempenho. É muito importante para trabalhos escolares e para nossa vida diária. Eu utilizo de várias maneiras.” - Andressa Cristina Rebouças de Melo, estudante

“Com a internet, quando o professor marca um trabalho de pesquisa, fica mais fácil. Quando não tinha netbook, somente podia pesquisar em lan house. Eu gosto de baixar músicas, ver vídeos, ler notícias, e também é importante a interatividade, mas isso é fora do horário de aula ou de estudo.” - Marcos Muller, estudante
Agência de Notícias do Acre

18 de agosto de 2011

Governador entrega mais de 190 moradias para famílias que viviam em área de risco

Nayanne Santana
Foram 120 casas no loteamento Mutambo, 30 no loteamento Vale do Açaí, 35 no loteamento Mulateiro e nove no loteamento Jequitibá

O governador Tião Viana realizou a entrega de mais de 190 casas populares nesta quarta-feira. As chaves das unidades habitacionais foram entregues para famílias de baixa renda que moravam em áreas de risco.

“Hoje são 194 casas entregues. Para nós, é uma alegria ver a expressão de felicidade de um bebezinho que vai passar a ter um lar definitivo, aos pais que vão poder planejar uma família, aos avós que não imaginavam um dia ter a casa própria e agora estão podendo ter. Hoje são 194 casas; na próxima semana nós vamos entregar em Cruzeiro do Sul mais 150 casas e dia 5 de setembro entregaremos em Rio Branco 1.900 casas em um só dia”, garantiu o governador.

As unidades habitacionais foram construídas em parceria entre o governo do Estado e o governo federal. O novo conjunto habitacional está  localizado no bairro São Francisco e se divide nos loteamentos Mutambo, onde foram entregues 120 unidades habitacionais (80 em alvenaria e 40 em madeira), 30 casas fazem parte do loteamento Vale do Açaí, 35 casas são do loteamento Mulateiro e nove do loteamento Jequitibá.

Mudança de vida

“A minha vai mudar muito depois de receber essa casa, que eu não teria condições de comprar. O governo está beneficiando cada família que está aqui. Vamos ter um lugar adequado para morar, um lugar confortável. Estou muito feliz por esse momento. Feliz por mim e pelas outras famílias. Agradeço a Deus, em primeiro lugar, e ao governador Tião Viana, que está nos apoiando, colocando o povo do Acre em primeiro lugar”, celebrou a dona de casa Francisca Ferreira.

As chaves das unidades habitacionais foram entregues para famílias de baixa renda que moravam em áreas de risco (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A mulher conta que antes de ser beneficiada com uma casa própria do programa Minha Morada vivia com os dois filhos e o esposo numa casa alugada no bairro Ivete Vargas. O local onde morava era área de risco.

Três moradores dos loteamentos entregues nesta quarta-feira foram convidados a participar da entrega simbólica das chaves, representando seus futuros vizinhos. Uma das representantes da nova comunidade foi a dona de casa Maria Valdenice. Mãe de três crianças, ela conta que morava no bairro Conquista, em uma área que alagava.

“Hoje estou realizando o sonho de morar com minha família em um local seguro. Posso dormir tranquila sem medo da água ou de um barranco levar minha casa. Sou muito grata ao governador Tião Viana por essa preocupação de dar uma casa digna para os pobres”, afirmou a dona de casa.

Moradia e dignidade para os mais pobres


“Além das moradias, hoje também entregamos mudas frutíferas e sombreiras para garantir um local com infraestrutura, organização e urbanização. A única coisa que pedimos às pessoas que vão viver nesse lugar é que tenham amor por suas casas e zelem seus imóveis”, declarou Marcelo Menezes.

Antônio Torres, secretário de Assistência Social, ressaltou que a preocupação e o empenho do governador Tião Viana em investimentos em políticas públicas para os mais carentes demonstra sua responsabilidade social, cuidado e respeito com o povo.

O prefeito Raimundo Angelim solicitou que cada morador beneficiado pela entrega dos imóveis não vendam suas moradias (Foto: Sérgio Vale/Secom)
“Isso é o que chamamos de servir de todo coração. Aqui o governo está propiciando que vocês recebam uma casa em ótimas condições de infraestrutura. Essa atitude do governo representa o respeito e o carinho que nós temos por cada cidadão”, disse Torres.

O deputado Ney Amorim aproveitou a cerimônia de entrega das residências e dividiu com os moradores dos novos loteamentos a sua angústia quando morava numa imóvel alugado. O deputado lembra que, com muito esforço e trabalho, conseguiu juntar algumas economias e investir na compra de um imóvel simples, porém próprio.

“Eu sei o quanto é satisfatório viver e investir numa casa que será sua. Se na minha época tivesse um plano do Governo para entrega de casas eu certamente teria sofrido menos para conquistar a casa própria. Hoje com o trabalho do governo do Estado vocês estão tendo essa oportunidade”, comentou o Ney Amorim.

O prefeito Raimundo Angelim solicitou que cada morador beneficiado pela entrega dos imóveis não vendam suas moradias. Ele pediu que cada mãe de família, cada patriarca cuidasse bem do local onde as famílias vão viver. “Cuidem de suas casas, plantem flores, árvores. Cuidem da comunidade de vocês e que Deus possa abençoá-los”, declarou Angelim.

Empenho do governo reflete em boas ações

O vice-governador César Messias cumprimentou as 194 famílias que foram beneficiadas com o programa Minha Morada. Ele lembra que o programa Minha Morada iniciou na gestão de Binho Marques que recebeu total apoio do presidente Lula. César Messias ressalta que juntos o ex-governador e o ex-presidente se comprometeram e entregar 10 mil casas.

“Tenho certeza de que vocês estão realizando o grande sonho de suas vidas. Agora terão o cantinho de vocês”, ressaltou César Messias.

Mais de 190 famílias foram beneficiadas com a entrega das chaves da casa própria nesta quarta-feira (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Tião Viana destacou que a entrega de mais um conjunto habitacional com luz, água, calçadas, ruas, parque para crianças entre outros benefícios é uma satisfação. Por isso, ele pediu que cada morador cuide de seu ambiente com muito carinho e pediu que as pessoas sejam vigilantes para impedir que mazelas sociais como as drogas não entrem naquele conjunto.

“Contem a nossa Secretaria de Segurança, chamem a PM, mas não permitam que a droga entre nesse espaço de união de família. Façam com que aqui seja um local de congregação cristã, de respeito e harmonia”, concluiu o governador.

Na próxima semana será realizada a entrega de mais 150 casas no município de Cruzeiro do Sul. Essas unidades habitacionais também são parte do programa habitacional Minha Morada.

“Agradeço muito ao ex-presidente Lula e ao Binho, aos secretários de governo, Aleac [Assembleia Legislativa], Caixa que se dedicaram a esse projeto e hoje nos possibilita dar moradia digna a pessoas que precisam. Também não posso esquecer-me da presidente Dilma que sempre trata o Acre com carinho”, destacou o governador

Agência de Notícias do Acre